O uso da RFID no mercado atual é uma experiência inovadora, mas sua tecnologia remonta a 1935, quando o sistema de radar por radiofrequência foi criado por um físico escocês, Robert Alexander Watson-Watt.
O radar era então utilizado pelos exércitos alemãs, japoneses, americanos e britânicos para alertar sobre a aproximação de aviões mesmo a quilômetros de distância. No entanto, o sistema não identificava quem era inimigo e quem era apenas um piloto retornando à base após a missão. Os alemães notaram então que se seus pilotos girassem os aviões no retorno à base mudariam o sinal refletido de volta, podendo ser identificados pelos operadores. Nascia ali o primeiro RFID passivo. Com base nisso, logo Robert Alexander Watson-Watt desenvolveu um projeto secreto junto ao governo britânico: o primeiro sistema ativo de identificação de aviões.
Assim, cada aeronave britânica foi equipada com um transmissor que emitia um sinal de volta quando o piloto recebia sinais da estação de radar no solo, permitindo que fosse identificada como amiga. O sistema foi chamado de IFF (Identity Friend or Foe, ou identificação de amigo ou inimigo, em português). O RFID funciona com base no mesmo princípio.
Nas décadas seguintes, 50 e 60, cientistas europeus, americanos e japoneses desenvolveram mais pesquisas sobre a radiofrequência, dessa vez com aplicações na identificação remota de produtos e objetos.
Assim, surgiram as etiquetas de vigilância eletrônica, aquelas que emitem um alarme sonoro quando a mercadoria sai da loja sem que a tag seja removida.
As pesquisas continuaram nos anos seguintes em busca de uma arquitetura que permitisse novas aplicações de rastreamento e localização de produtos com base na radiofrequência. Hoje a EPCglobal, empresa sem fins lucrativos, introduz diversas iniciativas para a padronização do RFID.